Dia 25 de julho como o dia Tereza de Benguela
Negritude

Dia 25 de julho como o dia Tereza de Benguela

De acordo com o compromisso firmado com a agenda Marielle Franco, apresentei na última sessão (16/3) um projeto de lei que institui no calendário municipal o dia 25 de julho como o dia Tereza de Benguela.

O movimento negro, em especial as mulheres negras da nossa região, já em tradição de realizar debates, palestras e atividade neste dia. Ter um dia dedicado à Tereza de Benguela e à mulher negra é uma forma de reconhecer e aprofundar a importância de tantas mulheres na luta por direitos como a liberdade e dignidade. Pessoas que muitas vezes são “apagadas” do relato histórico tradicional, mas que devem servir de exemplos para as gerações, especialmente aquelas empurradas para condições precárias e outras consequências do racismo estrutural.

Tereza liderou o Quilombo de Quariterê após a morte de seu companheiro, José Piolho, morto por soldados. Segundo documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, com aproximadamente 79 negros e 30 indígenas. O quilombo resistiu da década de 1730 ao final do século. Tereza foi morta após ser capturada por soldados em 1770 – alguns dizem que a causa foi suicídio, outros afirmam que houve uma execução

A história do Brasil é permeada e transpassada pela a história da(o) africana(o) e da(o) negra(0) escravizada(o). Instituir o dia Tereza de Benguela é reconhecer as consequências da historicidade negra e não a contar sob a ótica branca, burguesa e europeia.

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